Inovação tecnológica e empreendedorismo é o casamento perfeito para o surgimento de novas soluções para o atual cenário econômico do mundo. Afinal, nunca foi tão fácil e barato colocar em atividade novos negócios como na era digital.
Mas é verdade que, quanto mais soluções o mercado encontra para problemas comuns, ainda mais soluções são necessárias. Basta reconhecermos que não é possível esgotar as possibilidades de otimização dos contextos econômicos.
Todos os dias surgem novas startups com propostas revolucionárias. Desse modo, na medida em que suas soluções são absorvidas pela sociedade, novos paradigmas são configurados, trazendo problemas únicos.
Isso, no entanto, de forma nenhuma significa uma coisa ruim. Trata-se, na realidade, de um mar de oportunidades que cada vez mais agrega novos empreendedores no sistema, estimulando o desenvolvimento da economia e a qualidade de vida das pessoas.
Com a presença da internet, a tecnologia afetou drasticamente a estrutura de qualquer negócio. Tal é o impacto que podemos esperar o dia em que não haverá nenhuma empresa no mundo que não seja, de alguma forma, digital.
Portanto, é fácil concluir que a mudança que testemunhamos hoje tem base tecnológica. Isso significa desafios e oportunidades inéditas. Por isso, os empreendedores precisam acompanhar essas transformações e descobrir como se posicionar nessa nova era.
Tudo. A bem da verdade, esses termos são sinônimos, dependendo do ponto de vista. Afinal, o que faz um empreendedor senão propor soluções para o mercado a fim de obter lucro? O que é a inovação senão a proposta de uma solução?
Considerando, então, o ambiente competitivo como é, podemos dizer que a inovação vai além do efeito das ações empreendedoras. Inovar é também fundamental para garantir o posicionamento de uma empresa diante de seus consumidores.
Isso é verdade porque o princípio estrutural da sociedade de mercado leva as empresas ao desafio de terem constantemente que refinar suas ofertas. O risco de negligenciar esse fato é perder mercado para quem naturalmente tentará agregar mais valor.
Portanto, ainda que os conceitos de inovação, inovação tecnológica e empreendedorismo sejam relativamente diferentes, não podemos negar que são, com certeza, interdependentes.
Sendo assim, o empreendedor que estiver comprometido com o sucesso estará, consequentemente, comprometido com a inovação. Na era digital, portanto, a inovação tecnológica é simplesmente inevitável.
Contudo, se quisermos esclarecer os termos para compreendermos exatamente do que se trata cada conceito, o que poderíamos dizer de inovação? O que é inovar? Podemos ir mais longe do que simplesmente dizer que inovação é uma proposta de solução ao mercado?
Na verdade, inovação é um conceito muito estudado e tem grande variedade de interpretações, dentro de determinados contextos.
Um dos que mais se aprofundaram nesse tema foi Clayton Christensen, professor da Harvard Business School e autor do livro O Dilema da Inovação.
Em sua obra, o autor apresenta, basicamente, uma teoria de previsão do futuro econômico de um setor, popularizando a ideia de “inovação disruptiva”. Esse conceito se opõe a outros conceitos mais intuitivos, também propostos em literatura. São eles:
É tentando delimitar o que é empreendedorismo que fica clara a relação direta entre este conceito e o conceito de inovação.
Segundo Joseph Schumpeter, teórico dos fenômenos de mercado, o empreendedorismo é a capacidade de observar oportunidades e propor novos modelos de solução para um problema notável.
Em suma, empreender se trata da sagacidade e disposição para trazer à realidade um produto, um serviço, um modelo de negócio ou qualquer proposta que agregue valor ao mercado e à sociedade.
Solucionar problemas é o melhor sinônimo do espírito empreendedor, que não necessariamente tem a ver com empresas e lucro. Uma pessoa que mobiliza sua comunidade para construírem juntos uma horta comunitária age com empreendedorismo.
Agora, diante da realidade presente, a junção entre esses dois conceitos inevitavelmente acarreta a necessidade de qualquer solução da nova era. Estamos falando da transformação digital, um passo importante e indispensável para a manutenção de qualquer empresa.
É importante saber, contudo, que transformação digital não é simplesmente a digitalização de alguns recursos ou processos do negócio. Trata-se, na verdade, de uma mudança efetiva na cultura da empresa ou da instituição.
A presença da tecnologia no mundo transformou a maneira de nos relacionarmos. Isso exige uma nova dinâmica de produção. Afinal, sozinha, a internet proporcionou novos meios de distribuição, criação de produtos, modelos de negócio, atendimento ao cliente etc.
A transformação digital, portanto, é o palco da relação entre inovação tecnológica e empreendedorismo. Sem que haja clara compreensão da necessidade desse importante passo, as possibilidades de gerar ideias rentáveis se tornam extremamente limitadas.
Viu como inovação tecnológica e empreendedorismo tem tudo a ver? A partir da tecnologia, o mercado tem se transformado de maneira radical. Estamos vivendo o exercício de uma revolução clara e bem definida, às margens de uma nova economia.
Não estamos falando apenas de novas formas de criar, desenvolver, vender produtos e atender a consumidores, mas também de uma nova maneira de pensar o dinheiro. É possível que estejamos perto da extinção do papel-moeda.
Assim, o que haverá nesse novo mundo? Qual será a dinâmica das trocas de mercadoria? Qual será o papel do humano em um sistema dominado pela tecnologia e pela inteligência artificial? Em poucas palavras: como será o futuro?
A verdade é que o futuro é agora, e os empreendedores têm trabalho a fazer. A excelente notícia é que não é difícil compreender o contexto atual, principalmente porque o mais importante a aprender, o paradigma tecnológico, a própria tecnologia nos ensina.
Nesse caso, a mais importante recomendação para um empreendedor que queira aproveitar oportunidades de negócio na era digital é estar atento. A seguir, confira alguns pontos de observação que podem ser fontes de grandes e lucrativas ideias.
Não existe um não-consumidor. Quem quer que participe dessa sociedade de mercado é, por excelência, um consumidor. Obviamente, isso se aplica também aos empreendedores, o que nesse caso é uma grande oportunidade de aprendizagem.
Se você quer descobrir ideias rentáveis para o seu negócio, pode começar investigando as soluções que você mesmo já consome. A partir daí, é possível ter uma perspectiva acurada sobre o que há disponível e como entrar em cena.
Como consumidor, você é também o juiz do mercado. Na busca por resolver seus próprios problemas, certamente você já se deparou com o desconforto da insatisfação enquanto cliente. Para um empreendedor, a insatisfação com uma oferta é uma oportunidade real.
Assim, julgar uma solução como pouco eficiente é sinal de que você tem competência para imaginar algo melhor. Essa é uma chance de participar do mercado, satisfazer uma demanda e lucrar ao passo que resolve problemas.
Analisando o que há disponível, você também pode identificar faltas, falhas ou gargalos — uma empresa que poderia entregar mais depressa seu serviço, mas não tem parceiros. Uma agência de marketing que tem dificuldade para selecionar freelancers. Uma distribuidora cuja logística poderia ser otimizada por meio de automações.
Seu próprio conhecimento é o limite das suas observações. Tudo o que é necessário a fazer é estudar as soluções do mercado e avaliar meios de otimizá-las. Esse brainstorm pode ser um grande gerador de ideias lucrativas e até mesmo revolucionárias.
Grandes empresas como a Apple, Microsoft, Samsung, investem enormes quantias de dinheiro em pesquisa e desenvolvimento — o famoso P&D.
Isso não é à toa, claro que não. Elas sabem que grande parte de seu sucesso no mercado global se deve à sua capacidade de inovar. Mas a inovação, por mais fundamental que seja para as empresas, não é mero efeito da competição.
Pensar soluções demanda tempo e energia, coisa que um empreendedor sozinho estará limitado ao fazer, em face de outras obrigações absolutamente relevantes para o seu negócio.
Sendo assim, ao iniciar sua startup, é perfeitamente válido que seu time de pesquisa e desenvolvimento seja apenas você e talvez um sócio. Contudo, à medida que a empresa ganha maturidade, investir em uma equipe especialmente para essa função é essencial.
Com um time de pesquisa, você garante que inovação tecnológica e empreendedorismo não sejam mero ideal corporativo, mas uma cultura.
Dessa forma, você pode manter em pleno funcionamento todos processos da empresa ao mesmo tempo em que assegura a contínua atividade de refinar suas ofertas e se destacar no setor.
Dissemos que o consumidor é o juiz do mercado, mas como avaliar seu veredito? Quais são os recursos disponíveis para conhecer mais intimamente o cliente e, a partir disso, descobrir como satisfazê-lo melhor?
Há inúmeras formas de estar mais próximo dos seus consumidores. Aproveitar essas oportunidades é sinônimo de providência.
Afinal, um empreendedor que conhece bem o seu cliente não apenas encontra os melhores meios de satisfazê-lo, como também tem oportunidades de descobrir outros problemas e propor novas soluções.
Uma das melhores maneiras de ter uma perspectiva clara do seu consumidor é sendo, o próprio empreendedor, seu cliente mais exigente.
Esse é um excelente meio de experimentar, de fato, o que seu cliente experimenta, e assim ter ideias de como melhorar sua oferta e atendimento.
A experiência fica ainda mais rica se, ocultando sua identidade para seus funcionários, o empreendedor cumprir efetivamente o papel de um consumidor real ao fazer uma reclamação ou pedir assistência.
Desse modo, o empreendedor pode saber exatamente como se sente um cliente no contato com sua empresa, qual é o nível de eficiência e qualidade dos processos e como os funcionários cumprem seus papéis no trato direto com o consumidor.
Outra forma de estar perto do seu cliente é permitindo que ele tenha fácil acesso à empresa. Assim, além do já bem conhecido Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), você pode também disponibilizar sistemas livres de interação.
Dessa forma, seus consumidores poderão tanto entrar em contato com a empresa sempre que precisarem quanto ter a oportunidade de compartilhar a impressão de sua experiência. Confira algumas alternativas para manter proximidade com seus consumidores:
Lembre-se de que a tecnologia é uma ferramenta, não um objetivo. Portanto, garanta que seu cliente esteja em primeiro lugar. A partir desse princípio, unir inovação tecnológica e empreendedorismo será consequência de um modelo de negócio inteligente e eficaz.
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